1. |
Lobisomen
04:30
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Sacrifica, faz de morto cai a noite, vais-te transformar
Lobisomem, nem te reconheço
O gajo que dantes eras acidificou
Salva-vidas, mal disposta
Achas que me vão deixar entrar no cemitério?
Não vale a pena, é óbvio são só contos de fadas
Não vale a pena, é óbvio são só contos de fadas
Ginástica acrobática pra te ver ir atrás dum capricho
Não vale a pena, é óbvio são todos cães
(instrumental break)
Perdeu, Perdeu quem?
Só se dá a quem quer
Já fui, e já não volto mais
Tás-me a ouvir?
Seja o que deus quiser
Não vale a pena, é óbvio são só contos de fadas
Não vale a pena, é óbvio são só contos de fadas
Ginástica Acrobática pra te ver a cair no abismo
Não vale a pena é óbvio são erros meus
Má fortuna, Erros Meus
Má fortuna, Erros Meus
Má fortuna, Erros Meus
Má fortuna, Erros Meus
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2. |
Virgem Maria
02:34
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É triste, Maria
Rejeitar mais um amigo, Maria
Vinte e sete soluções numa língua
Sal a gosto porque és Virgem, Maria
Tem cuidado onde pões a mão
Um poço tão profundo, é demais
Como osso na gaveta, é demais
Conversas c’as pessoas
Lamento ambiguidade
Oferece um agasalho
Porque és livre, Maria
De espalhar essa magia, Maria
Um estatuto que há quem adquira
Como um terço ao pescoço, mentira
Houve alguém que supos
Que a coisa do inferno, é demais
Pura demagogia, é mesmo é mesmo a mais
Salvar um vagabundo,
Correr um risco a sério
Será que da miséria
Vai dar pra sair
Ou é pra ficar
Ou dá pra sair
Ou é pra ficar
Ou dá pra sair
Ou é pra ficar
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3. |
Fórceps
02:27
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Cancelei a sessão
Sabe a doce esta amargura
Pijama suado, chuveiro nem me lembro
Promessa à partida, é largada está fugida
A fórceps, não te esgotes
Acaba com a pressão
A fórceps, tanto esforço
Só te traz desilusão
Embrulhei-me num tapete
Fiz tão pouco é suficiente, agora
Sinto que ao final do dia
Ao escuro alguém me grita
“És falsa, és falsa,
Juraste, falhaste”
A fórceps, não gostas
É falta de ambição
A forceps, tu nao te esfoles
Retribui a emoção
A fórceps, a fórceps
A fórceps, a fórceps
A fórceps, nunca foste
O talento, és doente, a poeta que desiste de repente
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4. |
Benefício da Dúvida
02:19
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A sonhar, aterrar no vazio
A sonhar, aterrar no vazio
Novo namorado, parece que és intenso
Vem pra casa eu prometo, dar-te
O benefício da dúvida
Benefício da dúvida
Beneficio da duvida
Benefício da dúvida
Tar apaixonada levanta compromisso
Sou lioz tu és granito, dá-me
O benefício da dúvida
Benefício da dúvida
A sonhar, aterrar no vazio
A sonhar, aterrar no vazio
Escorrega que eu entalo
Só dói se for sem tempo
Toca em baixo tá tão quente, quero dar
Benefício da dúvida
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5. |
Tipo do Ferro
03:58
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Passagem interdita às pessoas
Conflito, tavas sempre a discordar
Que remédio, nunca vais baixar a guarda
é passivo-agressivo esse olhar
Às vezes, o mau és tu
Canseira, custa tar contigo
Já nem penso duas vezes em te ignorar
Volta e meia vem-me tudo à cabeça
Irritante essa forma de falar
Às vezes, o mau és tu
Orgulho confunde o fundo do perdão
A cara desfeita, honesta compaixão
Amnésia foi-se tudo da memória
Entupida narina de cheirar
Viciante substância prá carreira
Curtiste à primeira,foste até as cem
bem
Voltátil a tendência a ser sensato
És o calcanhar de aquiles dos teus pais
Consequência do trato miserável
que eu tenho
que tu tens
Desculpa
Às vezes, o mau és tu
Orgulho confunde o fundo do perdão
A cara desfeita, honesta compaixão
É violento o silêncio, aguenta coração
A lata constante da fuga à lei
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6. |
Desaparece
05:00
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Bem, talvez
Cultivaste frustração no desastre do menino bebé
Somatizas a certeza de ficar horrorizada
Pra que?
Num instante desaparece e a vida continua
Desperdiçaste tantas horas
Na mesma pessoa
Tranquiliza pensa só em quem queres ser
Vais ficar pró intervalo
Bem, talvez
Cultivaste frustração no desastre do menino bebé
Somatizas a certeza de ficar horrorizada
Pra que?
Num instante desaparece e a vida continua
Desperdiçaste tantas horas
Na mesma pessoa
Tranquiliza pensa só em quem queres ser
Tás mal habituada
É da paranóia
Tranquiliza pensa só em quem queres ser
Vais dar conta do recado
Pensa só…
Do recado, do recado, do recado, do recado
O cenário em teoria, tem passado nostalgia
Vem rapaz és tão inteligente
Fantasia tá presa ao coração
Nem que fosses um vidente, que adivinha o seu presente
Vem já está a razão da minha escolha
Encontraste a melhor versão de ti
A melhor versão de ti
A melhor versão de ti
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7. |
Elefante na Sala
03:40
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Ser levada pla mão, decide-te lá
Sufocante prisão
a pastilha colada à sola
Entre a espada e a parede cavernosa
Cheira a esturro, trovão, decide-te lá
de pé atrás estavas sempre só
tenho medo, labareda ao fundo, vi-te lá
Faz um ano que não jogo este jogo, decide-te lá
Um soldado à procura de abrigo
Sente falta tá tudo tão vazio
Como é que ele veio atrás de mim
à espera duma companhia
ou de uma estabilidade
Veio atrás de mim, a liberdade reduzida
que desconfortável
Veio atrás de mim ainda bem porque fingia
Ser melhor que toda a gente
um cinismo insolente
Uma mãe que despreza o filho
ponte a pau vais ficar de castigo
Engessado o sangue, é chato
Assume o papel de padre
o bastardo também tem umbigo
Tens idade pra ter mais juizo, não?
Muda a hora e mesmo assim
Como é que ele veio atrás de mim
à espera duma companhia
ou de uma estabilidade
Veio atrás de mim, a liberdade reduzida
que desconfortável
Veio atrás o que é que eu faço pra não ser só mais um disparate
Veio atras de mim ainda bem porque sofria
Sabotagem do momento
A chacina dá enterro
O passado ficou mais sombrio
A espiral, a tensão que subiu
A verdade a saliva despiu
Vira-lata, a gata com cio
Vai-se tornar interessante
Elefante na sala
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Maria Reis Lisbon, Portugal
1993, Lisbon Musician
Pega Monstro and co-founder of the record label Cafetra Records
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