1. |
Maria do Ó
03:31
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Ó Ó
ontem
parece que foi ontem
estava junto à Júlia a sentir
olha
parece um cotovelo
agora não se mexe
até que enfim,
Ózinha de Vilar
desce, vais gostar
eras tu a chegar
ao pé de mim
a chorar
eras tu
Ó Ó
quente, elástica e forte
alisas a pachorra da titi
fofa e toda perfeitinha
dos pés à cabeçinha
já se ri
Ózinha de Vilar
cresce, vais gostar
és tu que chegaste
ao pé de mim a chorar
és tu
Ó Ó
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2. |
Balúrdio
03:16
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como é que é que fazes da vida a tua estância
onde é que foste buscar esse vinho que me deste a beber?
a máquina da força nunca sai da selva
a cabra quando morre nunca mais se lembra
pra que é que é isso
tás sempre a usar a mesma a roupa
é casual, é como uma ervilha que me custa a comer
labrego, quem te salva é da mesma cena
larica desgraçada nunca mais rebenta
o homem é macho é viril
é doutro percentil
ai que susto!
o homem melhora com a idade
é de alta sociedade
é um luxo
o que é que foi, porque é que me olhas dessa forma?
se eu tenho rabo, é bom pra maminha começar a crescer
só voltas ao ginásio quando o gajo aperta
um lobby confirmado pela silhueta
um macaco sai, outro que vai e que entra
coisas que eu acha que nao eram problema
um macaco sai, outro que vai e que entra
coisas que eu acha que não eram mais um problema
o homem é símbolo do passado
tá sempre à vontade
é absurdo
o homem não gosta de ninguém
mas fala muita bem
que sortudo
o homem só pensa em violência
perdeu a sua essência
é ridiculo
o homem tem tantas coisas más
mas é cabeça de cartaz
foi um balúrdio
é um balúrdio
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3. |
Pedinchar
04:59
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arranjas maneira de mudar a tua história
e sentes-te mal
parece-me bem
e de vez em quando há qualquer coisa que te assusta
vai-te assombrar
e qualquer dia, a meio duma insónia
encontras vergonha
dói, assim olhar ao espelho
e assumir que o monstro sou eu
má, só, vou choramingar
é mais cansativo achar que vou crescer
começas em cima e logo cais
mais
acordas e tiras a ramela acumulada
pensaste demais
o que é que isso tem?
não é suicida a pessoa que demora
ficou a tentar
vais ver que um dia encontras a vitória
ou glória
o que é que importa
li, como bicho carpinteiro
e todas as dúvidas ficaram por esclarecer
sei que gostas, imploras p´la minha atenção
até um pedinte acaba por ceder
só quero tar me cima e logo caio
como um raio
sai da minha cabeça
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4. |
Teoria da Conspiração
03:03
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uma amizade como outra coisas qualquer
é parecida a uma certa sensibilidade
às vezes o milagre é sermos nós quando não queremos ser
és embalada por uma balada qualquer
às vezes o que gostas já não volta ao que deve ser
fica amorfa
como uma cantiga
tá de chuva, porque é que não te mudas
um átomo é pesado quando nós não nos queremos ver
tá de chuva, quando é que a sala afunda
um átomo é pesado quando nós não queremos ser
emancipada antes do tempo sem querer
ajoelhada
como se jura à divindade
às vezes as camadas só se mostram depois de ver
à distância
como outra coisa qualquer
o bode que levanta a tempestade voltou a precisar de comida
ou de um combustível qualquer
a língua do demónio tem vantagem sobre a minha
perdida
já não sou rapariga
tá de chuva, porque é que não te mudas
um átomo é pesado quando o ar não se pode ter
tá de chuva, pudera fosse pura
um átomo é pesado quando nós não queremos ver
mais ninguém
fosse um átomo como outra coisa qualquer
perdia o charme
como esta realidade
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5. |
Olívia
04:04
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aquela vontade da família que se agarra
é verdade, a irmandade lá se aguenta
numa expressão, quer-se ali a liberdade
o milagre do legado
do melhor que há em nós
quem é capaz?
tenho raiva de quem saiba
no cantar levo a medalha da mudança
pela dor da mana
da barriga de anja
penso em ti
no quarto
na dor que tens no braço
nos teus olhos esbugalhados
na cabeça com buraco
em ti
Olívia
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Maria Reis Lisbon, Portugal
1993, Lisbon Musician
Pega Monstro and co-founder of the record label Cafetra Records
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